
Traduzir nomes próprios: Quando sim e quando não?
Você sabia que, até algumas décadas atrás, era comum traduzir nomes de reis, artistas e até de cidades inteiras?
Assim, George Michael poderia se tornar “Jorge Miguel” e New York virava “Nova Iorque”. Hoje, a prática mudou — e muito. Mas afinal, quando é correto traduzir um nome próprio?
Neste artigo, vamos explorar os casos mais comuns, exceções e boas práticas para tradutores e curiosos sobre o tema.
Nomes de pessoas (Antropônimos)
A regra geral é não traduzir nomes próprios de pessoas. Eles fazem parte da identidade do indivíduo e, por isso, devem ser preservados. Porém, há situações em que a tradução ou adaptação é aceitável.
Celebridades
Normalmente, nomes de artistas e atletas permanecem no original:
- George Michael
- John Lennon
- Michael Jordan
Traduzir para “Jorge Miguel” ou “João Lennon” soaria estranho. Só há exceções em casos de adaptação intencional, como em piadas ou em versões infantis.

Membros da realeza
Títulos reais costumam ser traduzidos:
- Richard the Lionheart → Ricardo Coração de Leão
- Henry VIII → Henrique VIII
Já nomes como Mette-Marit (princesa da Noruega) são mantidos quando não há tradução consagrada.
Personalidades históricas
Figuras históricas de relevância mundial muitas vezes são traduzidas:
- Julius Caesar → Júlio César
- Kleopatra → Cleópatra
- Michelangelo → Miguel Ângelo (em espanhol, Miguel Ángel)
Papas
Ao assumir o pontificado, o Papa escolhe um nome que será adaptado para diversos idiomas:
Giovanni Paolo II → João Paulo II (PT) / Juan Pablo II (ES)
Personagens fictícios
Aqui não há regra fixa. Podemos dividir em três grupos:
- Mantidos no original: Hamlet, Albertine.
- Traduzidos para facilitar compreensão: Schneewittchen → Branca de Neve.
- Adaptados criativamente: Pyromancer → Piromante (em Game of Thrones).
Curiosidade: Super-Heróis
- Joker → Coringa (PT) / El Guasón (ES)
- Silver Surfer → Surfista Prateado (PT) / Estela Plateada (ES)
Nem sempre as traduções agradam a todos, mas mostram como a adaptação cultural é importante.
Nomes de lugares (Topônimos)
Países e Cidades
A maioria não é traduzida: Burkina Faso não vira “Pátria dos Homens Inteiros”.
Mas há exônimos tradicionais:
- London → Londres
- New York → Nova Iorque (PT) / Nueva York (ES)
Bairros e Espaços Públicos
Em geral, mantêm-se no original:
- Central Park
- Trafalgar Square
Mas há exceções:
- 5th Avenue → Quinta Avenida (ES)
- Promenade des Anglais → Paseo de los Ingleses (ES)

Conclusão
Traduzir nomes próprios é uma tarefa que exige conhecimento, pesquisa e sensibilidade cultural. Não existe uma resposta única. O contexto, a tradição e o público-alvo devem guiar a decisão.
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FAQ — Tradução de nomes próprios
1. Nomes próprios sempre devem ser mantidos no original?
Não. Há casos, como títulos de realeza ou figuras históricas, em que a tradução é consagrada.
2. E no caso de personagens de livros e filmes?
Depende. Personagens com nomes simbólicos podem ser traduzidos para facilitar o entendimento.
3. Os nomes de cidades devem ser traduzidos?
Somente quando houver um exônimo tradicional no idioma de destino.
4. Preciso de tradução juramentada para nomes próprios em documentos?
Sim, se o documento for oficial e exigido por órgãos como cartórios, consulados ou universidades.